“Cristo, único fundamento da Igreja.” (Cf. 1Cor 3,11)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Collegamento de 11 de Novembro (em Português)

Pensamento espiritual PORTUGUÊS

(em expressão brasileira)

Conexão telefônica

Rocca di Papa, 11 de novembro de 2010

“Voltados para o Pai”[1]

[...]

No pensamento espiritual de hoje eu gostaria de fazer com vocês uma reflexão.

O segundo ponto da nossa espiritualidade nos confirma que devemos fazer a vontade de Deus para podermos afirmar que amamos a Deus, que retribuímos com o nosso amor o seu ser Amor por nós.

Ora - alguém poderá questionar-se -, o fato de fazer na vida unicamente a vontade de outra pessoa, ainda que seja a de Deus, de cumprir durante a nossa existência o desígnio que outra pessoa tem para nós, mesmo que seja Deus, não nos levaria a obscurecer, a não desenvolver a nossa personalidade, a privar-nos da nossa liberdade? Nós nos convencemos de que não é nada assim, que é exatamente o contrário, se pensarmos um pouco em quem somos nós e qual é a nossa realidade

Nós estamos e estivemos desde sempre presentes na mente de Deus, no seu Verbo.

Nós somos em Deus uma palavra pensada por ele desde a eternidade. Esta palavra é o nosso verdadeiro eu. A certa altura, o Pai nos criou e aparecemos na face da terra.

Ora, o destino da Palavra de Deus por excelência, do Verbo do Pai é aquele de estar sempre voltado para o Pai (o Prólogo do Evangelho de São João diz: o Filho unigênito está voltado para o seio do Pai [cf Jo 1, 18]). E também nós devemos fazer o mesmo.

O ser de Jesus só tem sentido por ter sido gerado pelo Pai e tudo o que ele possui lhe foi dado pelo Pai. Por isso ele realiza o que o Pai quer, porque é a sua realidade. Desse modo ele é o Verbo do Pai e, ao mesmo tempo, é ele mesmo. Jesus só faz a vontade do Pai, embora como homem isso lhe terá custado como, por exemplo, na sua agonia no Monte das Oliveiras, mas ele a cumpriu.

Portanto, nós também devemos fazer a vontade do Pai. E é justamente o fato de vivermos o que o Pai pensou e pensa para nós que faz desenvolver-se a nossa personalidade. Por isso - como exige o nosso Ideal - devemos realizar na vida o desígnio que Deus tem para cada um de nós; desígnio que é a nossa própria vida e é também a nossa liberdade, porque nos torna livres para sermos realmente nós mesmos.

Então, permaneçamos sempre voltados para o Pai, para a sua vontade.

[...]

Como sabemos, para nós a vontade de Deus é um esplêndido raio que reflete sete cores ou um diamante com sete faces luminosas. Ele deve ser vivido apoiando-o numa imprescindível premissa: o amor recíproco acima de tudo, a unidade entre nós.

Depois ele nos leva a realizar com perfeição o nosso trabalho cotidiano, a empenhar-nos com zelo e ardor na difusão do nosso Ideal, a aprofundar com as práticas de piedade a nossa união com Deus; a cuidar com amor da nossa vida física, a dispensar a devida atenção à casa, a nos dedicarmos com paixão aos nossos estudos e àquelas atividades que nos permitem manter contato sobretudo com quem nos é confiado de modo especial.

É belo, a propósito de tudo isso, o que diz a irmã Magdeleine, fundadora das Pequenas Irmãs de Foucauld: "Todas as manhãs Deus nos oferece um dia, que ele preparou para nós, onde não existe nada de excessivo e nada de insuficiente, nada de indiferente e nada de inútil". Tudo é extremamente importante.

E então, no próximo mês recordemo-nos: voltados para o Pai sempre, a cada momento; voltados para a sua vontade.

Chiara

NOTÍCIAS - COLLEGAMENTO CH – NOVEMBRO DE 2010

Chiara Luce

Ago:

Roma, 25 de setembro de 2010, Santuário do Divino Amor. Uma gen, Chiara Luce Badano é proclamada Beata pelo Arcebispo Amato, em nome da Igreja Católica. A partir dali, continuamos a recolher ecos lindos sobre o evento que foi definido “um fenômeno”.

Diante dos olhos temos ainda a colina, por trás do santuário, repleta de jovens envolvidos por uma atmosfera de sacralidade... de “paraíso”. Inesquecível foi a explosão de alegria, de unidade na sala Paulo VI, que desencadeou em todos os presentes, e em quem seguia a transmissão ao vivo, a descoberta de “uma Igreja viva, jovem”.

“Chiara Luce sacudiu os nossos corações...”, “Colocou em causa as nossas ideias...”, “Nos inundou de sabedoria, com a sua vida dirigida unicamente para Jesus...” “Quem sabe quanta festa lá no Céu se aqui na terra nos alegramos tanto...?”.

Nadia:

No passado mês de março, a notícia da sua beatificação, já bem próxima deu início à preparação, que se transformou num verdadeiro caminho de unidade: aqui no Centro, nos contatos com a diocese de Acqui e com os membros da postulação, nos lugares mais variados em cada recanto do mundo. De fato, toda a Obra, tendo na vanguarda os gen e as gen de todas as idades, se mobilizou para dar a conhecer Chiara Luce a muita gente, sobretudo aos jovens. Mas ninguém poderia imaginar a extensão de um evento vivido de modo tão profundo e participado!

“O que aconteceu – nos escreveram – foi uma manifestação do poder de Deus”, “O Céu e a terra se tocavam. Uma verdadeira etapa histórica para a Obra”, “Sentimos fortemente a presença de Chiara (Lubich) que nos mostrava a santidade de Chiara Luce para nos dizer que todos somos chamados a ser faróis luminosos para o mundo”.

Impossível calcular o número de quantos seguiram ao vivo pela TV ou Internet.

Chiara Luce fascinou todos, e mais ainda os jovens, penetrando numa infinidade de corações, nos lugares mais impensados, da Amazônia à Indonésia, da Sibéria ao Nepal.

Qual o significado deste evento para o Movimento gen?

Chiara Luce mostrou à Igreja e ao mundo a ‘revolução gen’, ‘revolução de amor’, como ressaltou Emmaus no artigo publicado pelo Osservatore Romano.

Deixemos a palavra às gen e aos gen dos Centro gen 2.

Atle:

A beatificação de Chiara Luce foi a confirmação de que também nós, jovens, podemos ser santos. Entendi que jamais devo ter medo de ir contracorrente, porque o faço junto com tantos outros jovens que querem seguir a estrada da santidade!

Daiana:

Para mim, os dias da beatificação foram densos de uma luz imensa. Entendi melhor que a santidade é coletiva, que precisamos dos irmãos para ser santos: cada um é um dom e uma ajuda neste caminho de santidade.

Edoardo:

Alguns ecos do mundo:

“Me senti orgulhosa por fazer parte desta belíssima família e sobretudo de ser uma gen”.

“Aqui como em todo o planeta – escrevem os gen e as gen de Medellín – gritamos com alegria que a santidade voltou a estar na moda”.

“Sem hesitação – é uma gen italiana que escreve – digo a vocês quanto estes dois dias muito especiais suscitaram na minha alma: a aspiração e o desejo de ser santa de verdade com a “cumplicidade” de vocês!”. “É algo grandioso porém fascinante, e a vida de Chiara Luce me demonstra que santidade rima com felicidade”.

Daniela:

É uma festa que continua, uma irradiação crescente que queremos seguir, acompanhar e espalhar com empenho. Somos chamados por todo lado para apresentar a experiência de Chiara Luce e com ela explicitamente a vida gen. O próprio Papa disse em Palermo: “Convido vocês para conhecê-la...”.

Os gen da Hungria, regressando de Roma, foram convidados para apresentar, no dia 2 de outubro passado, a figura de Chiara Luce durante um grande encontro organizado pela Igreja local. Participaram 3.000 jovens que sentados no gramado, seguiram com grande interesse a narração da vida de Chiara Luce apresentada pelos próprios gen, que acrescentaram os seus testemunhos e impressões sobre a experiência de ter participado da beatificação de uma jovem de hoje, coetânea deles.

Na Jordânia, em Amã, foi celebrada uma Missa de agradecimento pela beatificação de Chiara Luce, celebrada pelo bispo latino D. Selim Sayegh. Não obstante uma forte tempestade de areia, participaram 500 pessoas. Foi uma ocasião única para anunciar o Ideal.

E poderíamos continuar...

A repercussão foi grande nos blog e sites das várias TVs que transmitiram os acontecimentos dos dias 25 e 26 de setembro , ou que fizeram transmissões sobre Chiara Luce.

Facebook transbordou de mensagens e no youtube podemos encontrar vídeos, em várias línguas, postados depois da beatificação.

Ago:

Queremos concluir com as palavras que Emmaus dirigiu aos responsáveis das regiões: “Parece-me que (os jovens) disseram tudo com esta manifestação de Chiara Luce, na verdade vimos o que são capazes de fazer. Até podemos dizer que tivemos a prova, tivemos a confirmação de que os jovens são atraídos pela santidade”.

LoppianoLAB

Danilo (Virdis):

“Loppiano laboratório”: o que há de novo nesta definição da Mariápolis permanente que há mais de 40 anos é um laboratório de fraternidade?

Quem esteve lá nos dias 16 a 19 de setembro passado compreendeu que não se tratava de um projeto elaborado na escrivaninha, mas era o resultado de relacionamentos, exigências, sinergias dos quatro sujeitos promotores: Economia de Comunhão SPA, que desde há muito tinham programado a Expo das empresas italianas no Pólo Lionello, e a Assembléia Italiana de Economia de Comunhão; o grupo editorial ‘Città Nuova’ (Cidade Nova), cujo congresso anual poderia assim ser realizado neste contexto; o Instituto Universitário Sophia, excelente canteiro de cultura; e por fim, mas não última, a Mariápolis permanente, lugar ideal para este particularizado evento para todas as regiões italianas.

Uma autêntica feira de espaços, para aprofundar ideias e atividades inovadoras sobre: atualidade, cultura, educação, economia. Quatro dias de meeting, mesas-redondas, debates e exposições empresariais para estar em rede na ótica de uma visão econômica, educativa e cultural inspirada na fraternidade.

Eva (Gullo):

Expo 2010. Empresas em rede, uma resposta inovadora à crise teve lugar no Pólo Lionello com a participação de mais de 70 empresas italianas, com uma de Malta, interessadas no tema de entrar em rede para privilegiar a qualidade dos produtos e prestações, formação, ambiente: sinergias desejosas de dar um rosto solidário ao business através do modelo econômico e empresarial proposto pela Economia de Comunhão.

Nos mesmos dias realizou-se a primeira Convenção da EdC italiana, com mais de 300 participantes: empresários, funcionários, agentes econômicos, estudiosos. Muitos jovens. Na primeira sessão, foi apresentada uma atualização sobre o momento da EdC no mundo, os desafios que nos esperam e as suas próximas etapas (Brasil 2011). Os jovens foram os protagonistas da segunda sessão, quando, através de experiências vividas, no trabalho e na empresa transmitiram a todos um novo entusiasmo pelo crescimento do projeto EdC na Itália. Nos deixamos com os votos de fazer desta Convenção uma etapa anual.

Danilo:

Congresso anual de ‘Città Nuova’ (Cidade Nova)

Circunscrito, nos anos passados, para quem se ocupava da difusão da revista e dos livros, este ano, inserido em LoppianoLab, foi aberto para quem estivesse interessado e combinou o aspecto cultural e o empresarial, o desafio da crise econômica e o da crise cultural. Quase mil pessoas, das várias regiões italianas, invadiram o auditório no sábado de manhã para um diálogo rico de desafios e de novos projetos a realizar. “Juntos pelo País”, foi o slogan escolhido para a ocasião, e ressaltou o empenho e o caráter nacional que desde sempre caracteriza ‘Città Nuova’.

“Para o Instituto Universitário Sophia – afirmou o Reitor, Piero Coda – LoppianoLab constituiu uma oportunidade e uma surpresa pela possibilidade de interagir com os outros promotores confirmando de perto o real empenho das pessoas na criação de uma sociedade animada pela participação, pela abertura ao novo e ao outro, pela tensão rumo a ideais superiores e transformadores”.

Eva:

O quadro de eventos dos quatro dias teve o seu ponto de convergência no encontro do sábado no Auditório, “Qual País, qual Unidade? Inovar na economia, formação, cultura”: fruto do trabalho de uma comissão que, com alegria viu tomar forma, na valorização recíproca, um espaço aberto e um ponto de experimentação.

No congresso se analisou, junto com especialistas dos setores e cidadãos, as possíveis pistas para caminhar em busca de uma visão unitária do País-Itália que respeite as identidades culturais e econômicas regionais.

Também Emmaus quis estar presente com a sua pessoal e importante mensagem, onde entre outras coisas ressaltou: “(...) A nossa amada Itália precisa de um impulso de idealidade e de concretude para revitalizar o seu corpo social. São meus votos que de LoppianoLab partam muitas idéias que, com um forte impulso espiritual, coloquem em movimento as qualidades que fizeram grandes os italianos: a criatividade e a laboriosidade, o acolhimento e a solidariedade, a cultura, a arte. Ideias que poderiam abrir, se partilhadas e enriquecidas com muitas outras experiências, uma perspectiva de esperança concreta e construtiva para uma renovada identidade moral, social, cultural do País. (...).

Uma mensagem bem recebida pelos que participaram da manifestação: mais de três mil pessoas, além dos que acompanharam pela internet.

“CARISMAS EM COMUNHÃO” – Assis, 23 de outubro de 2010

Carla:

Uma multidão variada e festiva, mais de 1.500 pessoas que marcaram o encontro na bela e pitoresca Basílica Papal de Assis. Passados 10 anos do incancelável encontro de Chiara com a grande família franciscana, este novo momento não queria ser a celebração de um aniversário, mas uma ocasião para reconfirmar a profética e providencial intuição de Chiara, e evidenciar o percurso de comunhão realizado durante estes anos.

Um dia em que tocamos a “presença” especial dos fundadores que, do Céu, conduziram cada instante do evento.

Como conclusão foi selado um “Pacto de comunhão” entre os carismas antigos e novos, assinado por 37 superiores e delegados de Famílias religiosas, e 13 responsáveis ou delegados dos Movimentos eclesiais. Foram mais de 6.200 os contatos, durante o dia, pela direta internet no site dos Franciscanos. Outros meios de comunicação transmitiram o evento.

O dia começou com a santa Missa, celebrada pelo cardeal Vlk, na Basílica de Santa Clara, onde fomos recebidos pela Madre Abadessa. “A plenitude do mistério de Cristo, a riqueza extraordinária e sempre nova da obra do Espírito, precisam – salientou – de muitos, de todos nós para exprimir a realidade de Deus amor, precisam de muitos membros unificados na beleza do único Corpo”.

Na homilia, o Cardeal Vlk ressaltou o objetivo do encontro: continuar o caminho de comunhão entre os carismas antigos e novos suscitados pelo Espírito na Igreja para mostrar “a beleza e a riqueza” da Igreja hoje.

Ângelo:

À tarde, a Basílica Superior de São Francisco, sob a abóbada do afresco de Giotto, acolheu religiosos e religiosas pertencentes a várias famílias, Franciscanos e Dominicanos, Salesianos e Beneditinos, junto com membros de Movimentos e Novas Comunidades Eclesiais: Focolarinos, Carismáticos, Comunidade de Santo Egídio, Neocatecumenais... Um momento de profunda, viva partilha e comunhão entre todos.

O bispo de Assis, d. Domenico Sorrentino, no seu discurso, salientou que “a instituição necessita dos carismas para não encarquilhar e os carismas precisam da instituição para não dispersarem”. Convidou todos a redescobrir “a caridade, o carisma dos carismas, na consciência de que os bens de uns, são bens de todos”.

“Uma expo dos frutos do Espírito”, disse Emmaus, que na sua exposição ilustrou as etapas deste caminho de comunhão, a partir da Pentecostes de 98, momento fundamental para os novos movimentos. “Naquela ocasião Chiara Lubich fez uma promessa ao Papa: “Queremos lhe dar a certeza, Santidade, que sendo o nosso específico carisma a unidade, nos empenharemos com todas as nossas forças para contribuir à realizá-la totalmente’. Dois anos depois da promessa feita, “Chiara deu um passo ulterior – prosseguiu Emmaus -: a comunhão com famílias religiosas nascidas dos carismas antigos. E colocou a primeira pedra deste diálogo-comunhão entre as famílias religiosas como expressão da Igreja carismática justamente aqui, sobre o túmulo de São Francisco, no dia 26 de outubro de 2010”.

A mesa redonda que se seguiu foi um alternar-se de exposições dos delegados de Movimentos e de Ordens religiosas. O Ministro Geral dos franciscanos Menores, p. José Rodrigues Carballo, relembrou o “Capítulo das esteiras” do ano passado, sinal da nova vitalidade do carisma de Francisco, a sua experiência de unificação. O abade Raimund Schreier, da Áustria, lembrou o encontro entre a família beneditina e o Movimento dos Focolares em 2002. Por fim, a palavra aos dois presidentes dos organismos que reúnem os Superiores maiores de todas as ordens femininas e masculinas, na Itália.

Na praça defronte da Basílica, os jovens dos vários Movimentos e Congregações religiosas, com seus stands e momentos artísticos, ofereceram também aos turistas que visitavam os lugares de São Francisco, uma amostra da vitalidade e da criatividade da Igreja ao longo do curso da sua história bimilenar.

ENCONTRO PEDAGÓGICO EUROPEU 9-10 de outubro de 2010

Maria Ricci:

Após 10 anos da Láurea honoris causa conferida a Chiara em Washington, Edu (Educação-unidade) reuniu no Centro Mariápolis “Chiara Lubich”, em Trento, docentes universitários, professores, pais, administradores, jovens estudantes, pesquisadores: todo o mundo envolvido no âmbito da escola, no fator educativo. Um total de 420 participantes, vindos de toda a Itália e nações europeias e representantes da Índia, Estados Unidos, Brasil, Cuba, Zimbábue, Burundi, para dois dias ricos de vida e reflexões.

Perante o desafio lançado pelo título do congresso, “Educação: um ato de amor”, teceram-se relacionamentos, partilharam-se experiências, também em pequenos grupos, que evidenciaram a grande atualidade pedagógica da “aula” de Chiara sobre a arte de amar, vista como possível resposta à que hoje foi definida real “emergência educativa”.

Michele De Beni:

O «novo ardor» pedido aos educadores, enfatizado na palestra do prof. Bruzzone da Universidade Católica de Piacenza, ressaltou a necessidade de educadores capazes de ser «construtores de relacionamentos» e de abrir «vias de reciprocidade», como já indicado pelas várias conversações da Comissão internacional EdU.

Confrontando teoria e prática, se revezaram aprofundamentos de métodos e instrumentos (como a educação intercultural, a educação pró social, a didática do dado do amor) e depoimentos. Significativos os do deputado Giovanni Bachelet, filho do professor e jurista assassinado pelas Brigadas vermelhas em 1980, e de três dirigentes de escolas da Irlanda e da Irlanda do Norte que testemunharam a força da fraternidade vivida num contexto marcado por tensões e conflitos.

Particularmente tocante o vídeo com entrevistas a pessoas que tiveram Chiara como professora em 1940-1941, e a sua colega Piera Folgheraiter.

ENCONTRO ECUMÊNICO DOS BISPOS

Chiarama:

No dias 9 até 13 de Setembro, realizou-se no Centro Mariápolis de Castelgandolfo o 29º Congresso Ecumênico dos Bispos, pertencentes a Comunhão Anglicana, Metodista, Evangélico-luterana, Siro-ortodoxa e Católicos.

O tema central do Congresso foi “A vontade de Deus na vida dos cristãos”, apresentado por Emmaus e explorado em breves meditações oferecidas pelos próprios bispos ou textos de Chiara.

Momentos muito intensos foram vividos quando Brendan Leahy, irlandês, professor de teologia sistemática em Maynooth-Dublim referiu sobre a purificação da Igreja Católica depois dos abusos acontecidos também na sua diocese, e sobre a «noite» da fé no contexto hodierno secularizado. No entanto, tudo encontra resposta numa nova compreensão do Crucificado, do abandonado, como o «Deus próximo».

Eli interveio fazendo os bispos participarem do processo de amizade cada vez mais profundo entre os Movimentos e Comunidades de várias Igrejas e do projeto de «Juntos pela Europa».

Um momento comovedor foi a visita ao Centro do Movimento, ao túmulo e à casa de Chiara: um momento de relacionamento pessoal com ela, uma compreensão nova de quanto ela operou pela unidade das Igrejas e pela humanidade inteira.

Durante o “Ângelus” do domingo dia 12 de setembro em Castelgandolfo, Bento XVI saudou os Bispos, diante da praça lotada, recebendo depois uma pequena delegação, dirigindo-lhes calorosas palavras de encorajamento.

“CARTAS DOS PRIMEIROS TEMPOS”

Mimmo:

Sexta feira 8 de outubro, em Pagani (SA), Eli e teólogo p. Lethel, Consultor da Congregação das Causas dos Santos, foram testemunhas da apresentação do livro de Chiara: “Cartas dos primeiros tempos”, promovida pelo “Centro diocesano de formação”. Mais de 500 pessoas participaram no belíssimo auditório da prefeitura, entre elas o bispo D. Illiano, p. Silvio Longobardi, promotores do evento, autoridades civis e religiosas, membros de associações locais, pessoas do Movimento e outras, também de convicções religiosas diferentes, no seu primeiro encontro com o Carisma da unidade.

Antes de começar, “cumprimentamos” na Catedral, onde estão conservados os seus despojos, santo Alfonso de Liguori, o santo da Vontade de Deus!

M. Rita:

De grande profundidade o discurso de p. Léthel, intercalado pela leitura de alguns trechos das cartas. “… Tenho a convicção de que Chiara Lubich é uma grande figura de santidade para a Igreja de hoje e de amanhã” - disse também - “…creio que Jesus Abandonado é uma das mensagens mais poderosas de Chiara … assumiu em Si a desunidade para nos dar a unidade. Diria que é uma grande, uma grandiosa Teologia da Redenção, a Teologia vivida pelos Santos.“ E concluiu “Recomendo sobretudo que leiam, rezem com esses textos maravilhosos dessa grande mística do nosso tempo”.

Eli respondendo a algumas perguntas apresentou o Centro Chiara Lubich e, com sapiente simplicidade, através de episódios, alguns inéditos, envolveu todos na vida de Chiara, onde o cotidiano muitas vezes era fonte de inspiração.

O Carisma emergiu plenamente na sua beleza e na sua grande atualidade.



[1] Extraído da Conexão telefônica de 28 de novembro de 1996.

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