“Cristo, único fundamento da Igreja.” (Cf. 1Cor 3,11)

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Palavra de Vida - Fevereiro 2013

O apóstolo João escreve às comunidades cristãs por ele fundadas, num momento em que passavam por sérias dificuldades. De fato, começavam a insinuar-se as heresias e as falsas doutrinas em matéria de fé e de moral e, além do mais, os cristãos tinham de viver num ambiente pagão, duro e hostil ao espírito do Evangelho.
Querendo ajudá-los, o apóstolo lhes indica o remédio radical: amar os irmãos, viver o mandamento do amor recebido desde o início, no qual ele considera resumidos todos os mandamentos.
Agindo assim, os cristãos conhecerão o que é “a vida”, isto é, serão introduzidos cada vez mais na união com Deus, farão a experiência de Deus Amor. Passando por essa experiência, serão confirmados na fé e poderão enfrentar todos os ataques, sobretudo em tempos de crise.
“Sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos”.
“Sabemos…”. O apóstolo se refere a um conhecimento que vem da experiência. É como se dissesse: nós experimentamos isso, nós o tocamos com as mãos. É a experiência que fizeram os cristãos por ele evangelizados, quando se converteram; ou seja: quando se coloca em prática os mandamentos de Deus, em particular o mandamento do amor para com os irmãos, se entra na própria vida de Deus.
Mas será que os cristãos de hoje conhecem essa experiência? Certamente eles sabem que os mandamentos do Senhor têm uma finalidade prática. Jesus insiste continuamente que não basta ouvir, mas é preciso colocar em prática a Palavra de Deus (cf. Mt 5,19; 7,21.24.26).
Por outro lado, o que não é ponto pacífico para a maior parte dos cristãos – ou por não saberem ou por terem disso um conhecimento meramente teórico, isto é, sem tê-lo experimentado – é esse aspecto maravilhoso da vida cristã, evidenciado aqui pelo apóstolo. Isto é: quando nós vivemos o mandamento do amor, Deus toma posse do nosso ser; e o sinal inconfundível disso é aquela vida, aquela paz, aquela alegria que Ele nos fez saborear já aqui na Terra. Então, tudo se ilumina, tudo se torna harmonioso. Não existe mais separação entre a fé e a vida. A fé torna- se aquela força que permeia e liga entre si todas as nossas ações.
“Sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos”.
Essa Palavra de Vida nos diz que o amor ao próximo é o caminho régio que nos leva a Deus. Visto que somos todos filhos seus, nada Ele deseja mais do que o nosso amor aos irmãos. Não lhe podemos dar maior alegria do que aquela que lhe damos quando amamos nossos irmãos.
E, uma vez que o amor fraterno nos traz a união com Deus, ele é uma nascente inesgotável de luz interior, é fonte de vida, de fecundidade espiritual, de renovação contínua. Ele impede que no povo cristão se formem gangrenas, escleroses, estancamentos; numa palavra, ele “nos faz passar da morte para a vida”. Quando, pelo contrário, não existe a caridade, tudo murcha e morre. Então, se compreendem certos sintomas tão difundidos no mundo em que vivemos: a falta de entusiasmo e de ideais, a mediocridade, o tédio, o desejo de fugir, a perda de valores, etc.
“Sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos”.
Os irmãos, aos quais se refere aqui o apóstolo, são sobretudo os membros da comunidade a que pertencemos. Se é verdade que devemos amar a todas as pessoas, não é menos verdade que esse nosso amor deve começar por aqueles que habitualmente vivem conosco, para depois se estender a toda a humanidade. Devemos, portanto, preocupar-nos primeiramente com os nossos familiares, os nossos colegas de trabalho, os membros da paróquia, da associação ou comunidade religiosa à qual pertencemos. O amor aos irmãos não seria autêntico e bem ordenado se não começasse por aqui. Onde quer que estejamos, somos chamados a construir a família dos filhos de Deus.
“Sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos”.
Esta Palavra de Vida nos abre perspectivas imensas. Ela nos impulsiona na divina aventura do amor cristão, que tem desdobramentos imprevisíveis. Antes de tudo nos lembra que, num mundo como o nosso, onde se teoriza a luta, a lei do mais forte, do mais esperto, do mais inescrupuloso, e onde às vezes tudo parece paralisado pelo materialismo e pelo egoísmo, a resposta a ser dada é o amor ao próximo. É esse o remédio que pode curar o mundo. De fato, quando vivemos o mandamento do amor, não só a nossa vida se fortalece, mas tudo ao nosso redor sente a influência. É como uma onda de calor divino, que se irradia e se propaga, impregnando as relações entre as pessoas e entre os grupos, transformando aos poucos a sociedade.
Sendo assim, vamos decidir-nos! Todos nós temos e sempre teremos irmãos a serem amados em nome de Jesus. Permaneçamos fiéis a esse amor. Ajudemos muitos outros a fazer o mesmo. Assim, experimentaremos em nossa alma o que significa a união com Deus. A nossa fé se reacenderá, as dúvidas desaparecerão, não saberemos mais o que é o tédio. A vida será plena, plena.
Chiara Lubich
Esta Palavra de Vida foi publicada originalmente em maio de 1985.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Collegamento Janeiro 2013


O AMOR A JESUS NO IRMÃO
                    Caríssimos

“Nós temos uma vida íntima e uma vida exterior. Uma e outra floração; uma, da outra é raiz; uma, da outra é copa da árvore de nossa vida.
A vida íntima é alimentada pela vida exterior. O quanto penetro na alma do irmão, o tanto penetro em Deus dentro de mim; o quanto penetro em Deus dentro de mim, o tanto penetro no irmão
Deus - eu - o irmão: é todo um mundo, todo um reino..."
Mas vamos por ordem, procurando compreender bem.
"Nós temos uma vida íntima (Jesus dentro de nós) e uma exterior (Jesus no irmão). Uma é floração da outra, uma é raiz da outra".
A vida íntima, se afirma, faz com que a vida exterior floresça.
A vida exterior (com Jesus no irmão) faz florescer a vida íntima.
                Por que comparamos a vida íntima com Jesus como uma floração ou como uma copa?
A vida íntima não significa só união com Deus e nada mais?
Sim, mas essa união tem várias intensidades. Todos nós sabemos disso, porque toda pessoa tem e experimenta, muito ou pouco, a união pessoal com Deus.     
                  Mas quando é que podemos definir essa vida íntima como floração ou copa, portanto como algo rico e consistente?
                  Quando ela estiver completamente desenvolvida, no seu máximo esplendor.
Vamos dar alguns exemplos.
Se observarmos as pessoas do Movimento, principalmente algumas que já estão no Céu, ou outras que ainda são militantes na terra, mas que, ao que parece, corresponderam bem à graça do nosso Ideal, podemos constatar que elas definem muitas vezes a própria vida interior como uma grande paz, uma paz substancial, uma paz tão concreta, tão densa que - permitam-me dizer - se poderia quase "tocar". Uma paz estável e capaz de predominar sempre, de despontar de cada sofrimento, por maior e mais agudo que seja.
(…)
Mas não se trata só de paz. A floração completa, a copa da árvore da nossa vida íntima tem outras características. Por exemplo: a união com Deus é tão grande que podemos senti-la em cada instante da nossa vida.
Quando nos recolhemos, em busca de Deus, na oração ou durante o dia, Jesus, está sempre presente. Nós experimentamos isso com os sentidos da alma. Ele está ali e nos espera, para escutar o que lhe dizemos e para nos dizer (se soubermos compreender a sua linguagem silenciosa) tudo o que ele quer nos comunicar.
Esta perene presença de Jesus dentro de nós é um fenômeno, mas pode ser uma realidade. Assim como é real, mesmo se é diferente, a nossa união com o Pai, com o Espírito Santo e - não mais velada - também a nossa união com Maria, com os Santos e com os irmãos.
Portanto, paz e união com Deus, contínua e plena: dois modos de ser da floração e da copa da nossa vida íntima, mesmo se não são as únicas expressões.
Como podemos alcançá-las?
O escrito diz que a vida íntima floresce em nós, torna-se copa, a partir de uma raiz: o amor ao irmão, a Jesus nos irmãos.
"A vida íntima é alimentada pela vida exterior. O quanto penetro na alma do irmão, o tanto penetro em Deus dentro de mim.”
Podemos, portanto chegar a uma grande paz, a uma grande união com Deus, amando os irmãos, amando Jesus nos irmãos.
Quantas vezes? Muitas, inúmeras vezes. Talvez seja preciso a vida inteira.

Chiara

Apresentado originalmente em 23 de janeiro de 1996.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Escola Nacional 2013


Aconteceu dos dias 03 a 10 de janeiro, no Centro Mariápolis Ginetta, em Vargem Grande Paulista, São Paulo, a Escola Nacional 2013. Esse ano contamos com a graça e a presença de dois sacerdotes da Obra de Maria: Hubertus Blaumeise, responsável pelos padres focolarinos e pelo Centro Gen's, e também de Tonino Gandolfo, responsável pelos padres voluntários da Obra.

A Escola foi iniciada no dia 03 com a missa na Igreja de Jesus Eucaristia, na Mariápolis Ginetta. Logo após, Hubertus e Tonino fizeram a primeira colocação sobre o que seria a Escola. Também os responsáveis pela Mariápolis Ginetta, Gehilda e Dorival fizeram um breve e singela acolhida aos sacerdotes, diáconos e seminaristas presentes na Escola.



Foram também apresentados os grupos por cada região do Brasil.

A Escola contou com a participação de 150 padres, diáconos e seminaristas das cinco regiões do Brasil. E, a cada dia, um tema era tratado e aprofundado, gerando um ambiente de unidade e de amor recíproco entre seus participantes. Foram muitos os que se dedicaram e que colocaram ao serviço dos irmãos seus diversos dons, gerando mesmo um ambiente de família sacerdotal na qual o grande protagonista era Jesus em meio.

Na sexta-feira, dia 04, o tema central dos encontros foi Deus Amor, sob a meditação da seguinte Palavra de Vida: "Vinde a sós... e descansai um pouco" (Mc 6,31), fazendo um convite para que fossem deixadas de lado as preocupações cotidianas e que, nesse vazio da alma, se pudesse entender a graça que é esse Deus Amor na vida ministerial e na vocação de cada um. O tema central ficou a cargo de Hubertus e Tonino, que contaram suas experiências e compartilharam com os demais o experimentar Deus Amor em suas vidas de pessoas e, consequentemente, em seus ministérios sacerdotais. Também o padre Capelesso contou um pouco de sua experiência de Deus Amor e de como conhecera a Espiritualidade do Ideal.

Também neste dia, um vídeo de don Silvano Cola lançou luzes também na vocação de cada um dos presentes com o tema "A luz que me figurou". Com essas experiências, os grupos se reuniram, após reflexão pessoal de cada um, para partilhar também desse momento rico do encontro com Deus Amor. 














No sábado, dia 05, o tema central foi Escolha de Deus, sob a meditação da Palavra de Vida: "Não fostes vós que me escolhestes, fui eu que vos escolhi" (Jo 15,16). Tonino apresentou alguns trechos da vida de Chiaretto (Padre Pasquale Foresi) sobre o tema da Escolha de Deus. Mais tarde, os grupos reuniram-se novamente para a partilha. Na parte da tarde, aconteceu uma mesa redonda em cima de perguntas feitas pelos grupos de partilhas dos gen's e dos sacerdotes e diáconos. No programa da noite, os padre Rui e Tom falaram de suas experiências sobre o tema A Força da Palavra e, depois, um vídeo de Chiara Lubich apresentou a realidade de Jesus em meio como uma nuvenzinha e interpelou que todos temos que estar nesta nuvenzinha. Após o jantar, um vídeo de entrevista com o padre Pepe apresentou Os inícios do Movimento Sacerdotal no Brasil. 

O domingo, dia 06, trouxe como tema aquele que é o tema do ano: O Irmão. A Palavra de Vida para esse dia: "... A mim o fizestes" (Mt 25,40). Nesse sentido, foi apresentado o vídeo com o tema do ano. Após o vídeo, os gen's, padres e diáconos se dirigiram a uma chácara onde passaram a tarde confraternizando-se e, mais à noite, no Centro Sacerdotal, gen's e padres que foram gen's partilharam de suas experiências e de suas vidas de unidade.











No dia 07, segunda-feira, o tema central foi o de Jesus em meio, trazendo a Palavra de Vida do dia: "Queremos ver Jesus" (Jo 12,21). Neste dia foi visto um DVD com o Tema Síntese sobre Jesus em meio, com alguns acenos aos 50 anos do Concilio Vaticano II, sob apresentação de Hubertus. Após esse momento, os grupos refletiram sobre a seguinte questão: "Fraternidade no presbitério - luzes e sombras". O casal Darlene e Modesto apresentaram sua experiência sobre Jesus em meio e, mais tarde, o padre Mario Spaki apresentou algumas perspectivas do Documento de Aparecida sobre células ambientes, o que também contou com a riquíssima experiência de Silvia, Dinha e Calu sobre suas experiências sobre células ambientes. A noite foi encerrada em grande estilo com um momento de Adoração ao Santíssimo Sacramento na Igreja de Jesus Eucaristia.








Na terça-feira, dia 08, foi apresentada a Obra Hoje, sob a luz da Palavra de Vida do dia, que dizia: "Constituiu doze... para que estivessem com Ele" (Mc 3,14). Gehilda e Dorival, delegados da Região Ginetta, foram quem apresentou essa realidade, colocando também sua exposição sempre no plano de um diálogo. Após o vídeo O Brasil de Chiara, Tonino e Hubertus apresentaram as duas vocações presentes em todos os setores da Obra: os focolarinos e os voluntários e apresentaram o tema do sacerdócio focolarino e do sacerdócio voluntário na sua unidade e distinção. Na parte da tarde foram feitas visitas às várias realidades da Mariápolis Ginetta e também ao Polo Spartaco. Também alguns sacerdotes voluntários e alguns sacerdotes focolarinos apresentaram suas experiências e, logo em seguida, seguiu-se uma video conferência com os padres Helio e Miguel, que estão no Centro Gen's, na Itália, através do Skype. E, após o jantar, aconteceu uma fantástica Noite Cultural, preparada pelos habitantes da Mariápolis Ginetta, pelos padres e pelos gen's. Ao final, foi visto um vídeo de Ginetta contando do nascimento da Mariápolis Ginetta, que completou 40 anos.

A quarta-feira, dia 09, já trazia um gostinho de saudades pelo fim da Escola. No entanto, todos procuraram viver o momento presente sob o tema de Jesus Abandonado e sob a Palavra de Vida do dia: "Tendo-os amado, amou-os até o fim" (Jo 13,1). Contamos, neste dia, com experiências riquíssimas de Jesus Abandonado contadas por Hubertus e Tonino, Edilson, Gusmão e pelo focolarino Jorge. Um vídeo de Ginetta sobre Jesus Abandonado também nos ajudou a entender um pouco mais sobre esse tema tão maravilhoso e tão rico para a Espiritualidade do Ideal.

E o dia 10, quinta-feira, encerrou-se magnificamente com as palavras de Tonino e Hubertus sobre o tema de Chiara de que A Ordem de Maria não vive para si, mas para a Igreja. Diversos gen's, sacerdotes e diáconos contaram suas experiências sobre os dias da Escola e o quanto o Ideal da Unidade deve ser levado adiante. O encerramento do Encontro foi com chave de ouro, com a missa presidida por Hubertus e concelebrada por Tonino e os demais sacerdotes presentes na Escola. E que venha mais!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

COMO FAZER PARA "AMAR A TODOS"?


É necessário amar, um de cada vez, todos aqueles que estão ao nosso lado. Existirão aqueles que sofrem e então é necessário “fazer-se um” com eles, com suas dores, procurando compreender seus sofrimentos e confortá-los não somente com palavras, mas sim com fatos.
Se, por exemplo, a mãe está triste por causa de um problema familiar, devemos fazer com que ela se sinta toda a nossa solidariedade, ajudá-la nos seus trabalhos para que possa relaxar e dizer-lhe algumas palavras de conforto. Em resumo, fazer de tudo para vê-la um pouco aliviada.
Se, ao contrário, o irmão ou a irmã voltam para casa com a notícia de uma ótima nota na escola, devemos nos alegrar com eles, como se a nota fosse nossa.
Para nos ensinar a amar, a Escritura nos ensina a chorar com quem chora e se alegrar com quem se alegra.
Naturalmente, não são apenas os familiares que estão perto de nós, mas os colegas da escola, os companheiros de trabalho, os amigos de família, as pessoas que encontramos pela rua, o porteiro, o carteiro... muitas pessoas.
Então, devemos amar a todos, um por um, sabendo que Jesus considera feito a si cada pequeno ato de amor feito ao próximo...”
Rocca di Papa, abril de 1971
Voluntários de São Paulo

terça-feira, 3 de abril de 2012

sexta-feira, 2 de março de 2012

Experiência dos gen's de Anápolis - GO

Em preparação para as férias Gen’s 2012, que acontecerá na terceira semana de julho, em Anápolis, o seminarista Darlei e eu conversando sobre a mesma e como poderíamos nos preparar para as férias, sugerimos que faríamos pequenos “cofrinhos” e nele colocaríamos, sempre que possível algumas moedas.

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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Todos nós temos consciência dos grandes desafios que a Igreja enfrenta no momento atual. O documento de trabalho em preparação ao próximo Sínodo dos Bispos sobre a nova evangelização trata desses desafios, apresentando os novos cenários que estamos vivendo.