“Cristo, único fundamento da Igreja.” (Cf. 1Cor 3,11)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Collegamento Janeiro 2013


O AMOR A JESUS NO IRMÃO
                    Caríssimos

“Nós temos uma vida íntima e uma vida exterior. Uma e outra floração; uma, da outra é raiz; uma, da outra é copa da árvore de nossa vida.
A vida íntima é alimentada pela vida exterior. O quanto penetro na alma do irmão, o tanto penetro em Deus dentro de mim; o quanto penetro em Deus dentro de mim, o tanto penetro no irmão
Deus - eu - o irmão: é todo um mundo, todo um reino..."
Mas vamos por ordem, procurando compreender bem.
"Nós temos uma vida íntima (Jesus dentro de nós) e uma exterior (Jesus no irmão). Uma é floração da outra, uma é raiz da outra".
A vida íntima, se afirma, faz com que a vida exterior floresça.
A vida exterior (com Jesus no irmão) faz florescer a vida íntima.
                Por que comparamos a vida íntima com Jesus como uma floração ou como uma copa?
A vida íntima não significa só união com Deus e nada mais?
Sim, mas essa união tem várias intensidades. Todos nós sabemos disso, porque toda pessoa tem e experimenta, muito ou pouco, a união pessoal com Deus.     
                  Mas quando é que podemos definir essa vida íntima como floração ou copa, portanto como algo rico e consistente?
                  Quando ela estiver completamente desenvolvida, no seu máximo esplendor.
Vamos dar alguns exemplos.
Se observarmos as pessoas do Movimento, principalmente algumas que já estão no Céu, ou outras que ainda são militantes na terra, mas que, ao que parece, corresponderam bem à graça do nosso Ideal, podemos constatar que elas definem muitas vezes a própria vida interior como uma grande paz, uma paz substancial, uma paz tão concreta, tão densa que - permitam-me dizer - se poderia quase "tocar". Uma paz estável e capaz de predominar sempre, de despontar de cada sofrimento, por maior e mais agudo que seja.
(…)
Mas não se trata só de paz. A floração completa, a copa da árvore da nossa vida íntima tem outras características. Por exemplo: a união com Deus é tão grande que podemos senti-la em cada instante da nossa vida.
Quando nos recolhemos, em busca de Deus, na oração ou durante o dia, Jesus, está sempre presente. Nós experimentamos isso com os sentidos da alma. Ele está ali e nos espera, para escutar o que lhe dizemos e para nos dizer (se soubermos compreender a sua linguagem silenciosa) tudo o que ele quer nos comunicar.
Esta perene presença de Jesus dentro de nós é um fenômeno, mas pode ser uma realidade. Assim como é real, mesmo se é diferente, a nossa união com o Pai, com o Espírito Santo e - não mais velada - também a nossa união com Maria, com os Santos e com os irmãos.
Portanto, paz e união com Deus, contínua e plena: dois modos de ser da floração e da copa da nossa vida íntima, mesmo se não são as únicas expressões.
Como podemos alcançá-las?
O escrito diz que a vida íntima floresce em nós, torna-se copa, a partir de uma raiz: o amor ao irmão, a Jesus nos irmãos.
"A vida íntima é alimentada pela vida exterior. O quanto penetro na alma do irmão, o tanto penetro em Deus dentro de mim.”
Podemos, portanto chegar a uma grande paz, a uma grande união com Deus, amando os irmãos, amando Jesus nos irmãos.
Quantas vezes? Muitas, inúmeras vezes. Talvez seja preciso a vida inteira.

Chiara

Apresentado originalmente em 23 de janeiro de 1996.

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