Somos se amamos
Nós somos se amamos: se vivermos não entre ou com os outros, mas pelos outros. Esta realidade foi plasticamente expressa através de uma expressão de Chiara pronunciada no ano 1949: “Percebi que eu fui criada como dom para quem está ao meu lado; e quem está próximo de mim foi criado por Deus como dom para mim. Como o Pai na Trindade é todo para o Filho e Filho é todo para o Pai”4.
Não fomos criados como indivíduos que antes se realizam e depois se doam, mas, desde a eternidade, fomos pensados por Deus na relação com os outros.
Deste modo, podemos dizer que a relação possui uma prioridade ontológica: a nossa essência como pessoa, não se esgota no nosso ser, mas é definida pelas relações com Deus e com os outros.
O caminho da nossa realização, mesmo que inicialmente possa parecer absurdo, arte do esquecer-nos de nós mesmos, do estarmos mortos, porque inteiramente doados.
4 Lubich C., Scriti Spirituali/ 1, Città Nuova, Roma 1991/3, pg.134.
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